sábado, 31 de janeiro de 2009

Beijos e Chuva.

Doces e frios. Trocados sob uma abóbada de nuvens escuras. Chove e não chove pouco. Enregelados trocamos beijos, o céu, esse mantém a pluviosidade que tu às vezes queres ser (e que eu já quis ser) e essa carga d'água continua, imparável, a cair sobre a calçada de um passeio lisboeta, numa rua com nome de mulher. Enquanto a chuva que tu adoras cai, beijas um pinguim que por vezes dá ares de bicha e eu beijo uma lontrinha jeitosa que também é o Mal. Não quero deixar-te, mas tenho de ir. Deixo então um misto de promessa e sugestão e espero que isso seja o suficiente até podermos voltar ver-nos.
Entretanto trocamos.
Trocamos beijos.
Beijos e Chuva.

[Ciúme não mais, ou pelo menos farei por isso. A promessa/sugestão continua válida, lontrinha.]