Doce Sonho que me fazes
voar entre nuvens de felicidade
e de arco-íris repletos de cor.
Procuro-te todas as noites
fechando os olhos na escuridão
do meu quarto solitário.
Fecho os olhos e espero que
me reclames ao teu dominio
de mistérios e surpresas.
Fico à espera que sejas tu a reclamar-me
na vez do teu irmão e antónimo: Pesadelo;
aquele que me provoca medo, angústia e
acorda-me cheio de suores frios
no meio de um quarto escuro e só.
És-me demasiado precioso, ó Morpheu;
pela raridade das vezes em que me levas
nos teus braços sedutores,
cheios de promessas e de ilusões.
Ilusões que procuro como se de
narcóticos se tratassem,
sem os quais não conseguiria
(sobre)viver o dia-a-dia.
Agradeço cada uma das vezes
que me vens buscar,
agradeço-as e esforço-me por recordar
momentos tão doces e preciosos.
Momentos efémeros, destruidos
pela existência maldita dos
terriveis relógios-despertadores
e da luz que entra através de frestas
em persianas mal cerradas.
Preciso de ti, doce Sonho que me fazes
voar entre nuvens de felicidade
e de arco-íris repletos de cor.
Sê o meu amante fugidio e ausente,
que vem quando menos se espera,
para me surpreender entre os lençois
e o travesseiro.
Sê o arauto das alegrias e do mundo
onde os limites são mentira
e posso despir-me das máscaras
e disfarces para ser quem sou.
Sê meu, doce Sonho.
[Vens buscar-me esta noite?]
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
Formigueiro Oriental.
Correm em todas as direcções
num passo de acelerado consumismo.
Cada qual com um destino em mente
desconhecendo os desvios implicados
no tortuoso percurso do formigueiro.
Enquanto as formigas, na sua ânsia,
percorrem cofusos e escuros caminhos
as aranhas preparam ardilosas ciladas
feitas de luzes e brilhos;
Onde por vontade própria
acabam por ficar presas, as formigas.
A vontade deixa de existir,
à medida que os insectos
perdidos, prosseguem caminho
por intermináveis túneis de
cheiro apetitoso a comida fácil.
Comida que surge do nada,
a troco de níquel ou papel,
cujo sabor é tudo, a ponto de
corromper a saúde e deixar
as formigas inchadas e doentes.
Enfim, farto-me de ver formigas
e passo a ver as pessoas que são.
No meio deste formigueiro Oriental
onde também eu me sento e resisto,
a custo, ao chamamento das ciladas
luzidias e brilhantes das aranhas.
[Fecho o caderno, o mafarrico chegou à estação.]
num passo de acelerado consumismo.
Cada qual com um destino em mente
desconhecendo os desvios implicados
no tortuoso percurso do formigueiro.
Enquanto as formigas, na sua ânsia,
percorrem cofusos e escuros caminhos
as aranhas preparam ardilosas ciladas
feitas de luzes e brilhos;
Onde por vontade própria
acabam por ficar presas, as formigas.
A vontade deixa de existir,
à medida que os insectos
perdidos, prosseguem caminho
por intermináveis túneis de
cheiro apetitoso a comida fácil.
Comida que surge do nada,
a troco de níquel ou papel,
cujo sabor é tudo, a ponto de
corromper a saúde e deixar
as formigas inchadas e doentes.
Enfim, farto-me de ver formigas
e passo a ver as pessoas que são.
No meio deste formigueiro Oriental
onde também eu me sento e resisto,
a custo, ao chamamento das ciladas
luzidias e brilhantes das aranhas.
[Fecho o caderno, o mafarrico chegou à estação.]
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
Entre suspiros.
Entre suspiros
ouço o roçagar de roupa que
desliza pelos Teus ombros pálidos,
enquanto sussurro algo ao teu ouvido
que arde sem se ver.
Entre suspiros, osculas
os meus lábios carentes de Ti.
As minhas pernas deixam de me obedecer,
o meu coração bate desenfreadamente,
e ouço-te dizer ao meu ouvido:
Palavras de contentamento descontente.
Entre suspiros e sensações
dedico-me a amar-te
no aconchego dos teus braços
e beijos que me queimam a cada contacto.
O teu perfume caracteristico preenche-me
as narinas, enquanto corpos entrelaçados numa dança
de sensualidade imitam o Mar que enrola na Areia.
Entre suspiros, entrego-me a Ti
como nunca me entreguei a ninguém
e tu aceitas-me em Ti.
Entro numa espiral de prazer carnal,
coloco todo o meu carinho e amor
em te fazer sentir o mesmo.
Suspiras e dizes o meu nome,
que mais ninguém diz.
Digo o teu nome.
E sigo o comboio de corda
que se chama coração.
[Toca o despertador, são 7:30.]
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
Flashback.
Conjunto de conversas, frases soltas e momentos que me marcaram este último ano:
«-Lembras-te do que o mafarrico te disse acerca de fingirmos que gostamos um do outro e dessa forma disfarçarmos que realmente gostamos um do outro?
- Sim.
- Bem, ele tem razão, pelo menos da minha parte.»
«-Gosto de fazer nada convosco, é sempre agradável.»
«-Boer! Boer! Boer até morrer!»
«-Isto é clorofórmio? Deixa-me cheirar!»
«-Porque ele era fofo.»
«-Posso beber água?
-Não.
-Ah, está bem.
-Estava a ser irónica...
- Errrm, não sou muito bom com ironias...»
«-Tenho medo do que a carta do centro de recolha de sangue possa conter.
«-Lembras-te do que o mafarrico te disse acerca de fingirmos que gostamos um do outro e dessa forma disfarçarmos que realmente gostamos um do outro?
- Sim.
- Bem, ele tem razão, pelo menos da minha parte.»
«-Gosto de fazer nada convosco, é sempre agradável.»
«-Boer! Boer! Boer até morrer!»
«-Isto é clorofórmio? Deixa-me cheirar!»
«-Porque ele era fofo.»
«-Posso beber água?
-Não.
-Ah, está bem.
-Estava a ser irónica...
- Errrm, não sou muito bom com ironias...»
«-Tenho medo do que a carta do centro de recolha de sangue possa conter.
- Vai correr tudo bem Ker, não tenhas medo.»
«-Ainda bem que somos gente estranha, se assim não fosse estarmos juntos seria uma seca.»
«-Que queres fazer?
-Jogar às cartas.
-Só se for ao peixinho.
-Está bem.»
«-Não chores, senão começo a chorar também.»
«-Vamos botar-le uns finos?»
«-Chuvaaaa!»
«-Não peças desculpa!»
«-Dói tanto... Já não sei que fazer.
«-Ainda bem que somos gente estranha, se assim não fosse estarmos juntos seria uma seca.»
«-Que queres fazer?
-Jogar às cartas.
-Só se for ao peixinho.
-Está bem.»
«-Não chores, senão começo a chorar também.»
«-Vamos botar-le uns finos?»
«-Chuvaaaa!»
«-Não peças desculpa!»
«-Dói tanto... Já não sei que fazer.
- Eu sei, Ker. Mas tens de aguentar.»
« -Vocês parecem irmãos!»
«Come up to meet you, tell you i’m sorry, you don’t know how lovely you are. I had to find you, tell you I need you. (...) Questions of science, science and progress, do not speak as loud as my heart.»
«Tried to give you Summer... But i'm Winter. Wish I could make you Spring! But i Fall so hard...»
«-Prometo que farei de tudo para que nunca me odeies.»
«-Tenho uma coisa para te dizer.
-O quê?
-Hmm, admito que para mim o Filipe Faria já não é o melhor escritor do mundo. O meu escritor favorito é o Robert Jordan e em segundo lugar o George Martin.»
«-I love myself.»
«-Senhora dos Corvos? Acho que és mais uma Senhora das Gralhas...»
«-O Oblivion é meu!»
«-"Pagar pelo nariz".»
«-Trata-me por Ricardo, se quiseres.»
«-Não sou hiperactivo... --'»
«- Tá tudo bem, tá tudo bem, tá tudo bem!»
«-Odeio coisas verdes, excepto esparregado e gelatina verde, entre outras coisas que fazem parte desta lista muito restrita.»
«-Amo-te, pequena.»
«-Também te amo, pequenino.»
Não vou dizer quem disse o quê, quem o disse há-de saber.
« -Vocês parecem irmãos!»
«Come up to meet you, tell you i’m sorry, you don’t know how lovely you are. I had to find you, tell you I need you. (...) Questions of science, science and progress, do not speak as loud as my heart.»
«Tried to give you Summer... But i'm Winter. Wish I could make you Spring! But i Fall so hard...»
«-Prometo que farei de tudo para que nunca me odeies.»
«-Tenho uma coisa para te dizer.
-O quê?
-Hmm, admito que para mim o Filipe Faria já não é o melhor escritor do mundo. O meu escritor favorito é o Robert Jordan e em segundo lugar o George Martin.»
«-I love myself.»
«-Senhora dos Corvos? Acho que és mais uma Senhora das Gralhas...»
«-O Oblivion é meu!»
«-"Pagar pelo nariz".»
«-Trata-me por Ricardo, se quiseres.»
«-Não sou hiperactivo... --'»
«- Tá tudo bem, tá tudo bem, tá tudo bem!»
«-Odeio coisas verdes, excepto esparregado e gelatina verde, entre outras coisas que fazem parte desta lista muito restrita.»
«-Amo-te, pequena.»
«-Também te amo, pequenino.»
Não vou dizer quem disse o quê, quem o disse há-de saber.
quinta-feira, 4 de setembro de 2008
Summer.
So you finally fessed up to her;
All the lies you said;
Now you kindly kiss up to her;
But the feeling's dead.
Several days have passed now;
Darker than any damn cloud now;
Liquid sunshine falls down;
Harder than all the damn hounds.
Tried to give you Summer... But i'm Winter.
Wish I could make you Spring! But i Fall so hard...
So you always did what you wanted;
We will be on our own;
I will soon let you go now;
Things will be all right.
Several weeks have passed now;
Grayer than any gray cloud;
Several weeks have passed now;
And its so hard.
Tried to give you Summer... But i'm Winter.
Wish i could make you Spring! But i Fall so hard...
[Amo-te, criança-feiticeira.]
All the lies you said;
Now you kindly kiss up to her;
But the feeling's dead.
Several days have passed now;
Darker than any damn cloud now;
Liquid sunshine falls down;
Harder than all the damn hounds.
Tried to give you Summer... But i'm Winter.
Wish I could make you Spring! But i Fall so hard...
So you always did what you wanted;
We will be on our own;
I will soon let you go now;
Things will be all right.
Several weeks have passed now;
Grayer than any gray cloud;
Several weeks have passed now;
And its so hard.
Tried to give you Summer... But i'm Winter.
Wish i could make you Spring! But i Fall so hard...
[Amo-te, criança-feiticeira.]
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