quarta-feira, 27 de agosto de 2008

A importância de ser Allaryiano.


O que é ser Allaryiano? É alguém ler as Crónicas de Allaryia? É pertencer ao Forum Allaryia?

Tenho feito a mim mesmo estas perguntas ultimamente e não tem sido fácil encontrar uma resposta. Perguntei à malta do forum e as respostas foram diversas: «Ser allaryiano é um golpe de sorte e um fenónemo que não se repete.»; «Allaryianos são gajos que se metem no forum com a intenção de participar, conviver, partilhar e não a malta que se regista e não faz um único post.»; «Para mim, ser Allaryiano tem duas vertentes: ser compincha fora do forum com pessoal que está directa ou indirectamente ligado a Allaryia.»; «Para mim, um allaryiano é alguém natural de Allaryia.»; «Uma Allaryiana é mais do que alguém que leu os livros, é alguem que trava conhecimento com outras pessoas e acaba por se tornar amiga delas.»; «Um Allaryiano é alguém que no mínimo leu um livro das Crónicas e na altura gostou.».

Para mim, um Allaryiano é alguém que ama Allaryia, os seus herois, vilões e figurantes. É alguém que dá muito do que tem para que outros amantes de Allaryia tenham um sitio onde se encontrarem, é uma pessoa que procura por outros Allaryianos para partilhar com eles um rámenzinho, umas massas com cogumelos e um lugar na relva de um jardim.

Descobri que a importância de ser Allaryiano não é menor do que a importância de eu ser Ricardo e tu seres quem quer que sejas, nem maior do que eu ser Kerhex e tu seres quem quer que sejas.

Ser Allaryiano é viver Allaryia.



[Feito com a ajuda de Horatubi, Antiki, Bruno/Sturm, Bathrazul, White Wolf, Umbrae e Luthvian]

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Só, mas com os bancos.

Passeio todos os dias pelo jardim dos bancos desconfortáveis.
Bancos que me fazem doer as costas.
Bancos onde me sento a ler, das 16:00 às 19:00.
Bancos onde me sento. Só.
Só, mas com os bancos desconfortáveis.
Bancos com assento e costas de madeira,
mas com pernas de metal!
Dos bancos vejo gente que passa.
Gente que corre e gente que anda, ás vezes gente que coxeia.
Um ou dois passam de bicicleta.
Eu fico a ler. Jordan, Martin ou Zusak.
Leio e olho, mas não vejo.
Não vejo quem passa, olho e vejo passar.
Estou só, mas com os bancos.
Bancos que me fazem sentir só.
Bancos que me relembram que tenho de endireitar as costas.
Bancos que me ouvem suspirar de solidão.
Mas eles fazem-me companhia:
Uma companhia muda, mas é sempre uma companhia!
As horas passam e o desconforto passa com elas.
Dou por mim todo torto, marreco até,
a ouvir alguém a cantar.
Mando uma mensagem a quem canta sem estar lá.
Espero pela resposta. Ela chega e eu leio.
Respondo, outras vezes deixo estar.
Continuo a ler, a ouvir quem canta e na companhia dos bancos.
Estou no jardim.
Só, mas com os bancos.