quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Autobiografia (Parte I).

Olá, o meu nome é Ricardo e gostava de vos contar a minha história.
Nasci no hospital da Sé, em Macau, no ano de 1989. Posso dizer que tive uma infância relativamente feliz, apesar de os meus pais se terem divorciado quando eu tinha dois anos de idade. Até aos quatro anos lembro-me de pouca coisa, excepto de como a minha mãe e eu vivíamos felizes da vida num apartamento alugado à titi Ivone na rua Fernão Mendes Pinto, perto dos “Três Candeeiros”. Andei num infantário chinês até aos meus três anos, idade com que entrei para o infantário Dom José da Costa Nunes.
Pouco antes do meu quarto aniversário nasceu o meu irmão Ralfe e o meu padrasto, pai do meu irmão, veio viver connosco. O meu padrasto chama-se Rafael e não é por acaso que trato-o por pai. Criou-me desde miúdo e, visto que eu só estava com o meu pai biológico aos fins-de-semana, nunca vi razão para não reconhecer o Rafael como pai e ser um filho para ele.
Entrei para o 1º Ano da Escola Comercial Pedro Nolasco no ano de 1994 e estudei lá até ao 3º Ano sob a instrução do Professor Paulo. Entretanto, depois de muita confusão nos tribunais, o meu pai conseguiu um acordo do poder paternal mais favorável para ele, o que garantiu que eu estivesse com ele mais tempo e com mais frequência, em vez dos tradicionais fins-de-semana. Foi com o meu pai que visitei Portugal pela primeira vez (consciente de que estava em Portugal, pois já tinha vindo com a minha mãe antes, mas na altura tinha 1 ano e não sabia sequer distinguir sanitas de lavatórios, literalmente) e voltei a Portugal de férias mais 2 vezes antes de vir para cá viver definitivamente.
Em 1998 passei para o 4º Ano e a minha mãe transferiu-me para a Escola Primária e Secundária da Flora. Frequentei esta escola durante pouco tempo, apenas um período lectivo, devido ao facto de nesse ano ter vindo viver para Portugal.
Foi no dia 22 de Dezembro de 1998 que cheguei ao Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto. Eu, a minha mãe, irmão e padrasto fomos de táxi até uma aldeia chamada Campos, no concelho de Vila Nova de Cerveira. Porquê Campos? Era lá que vivia o meu querido avô Sousa que infelizmente não cheguei a conhecer bem, pois faleceu no Verão de 1999.
Foi na Escola Primária de Campos que me deram a minha primeira alcunha: Chinoca. Nunca gostei dessa alcunha, porque era proferida num tom de desprezo, escárnio e era possuía como objectivo ofender-me. Andei muitas vezes à porrada com os rapazes da turma, aparentemente nenhum gostava de mim e arranjavam sempre desculpa para me vir bater.
Em relação à minha família: A minha mãe nunca mais foi a pessoa alegre e carinhosa que eu conhecia, o meu irmão tornou-se numa criança mimada e o meu padrasto mostrava um desinteresse (aparente) perante as minhas actividades. O meu pai vivia em Lisboa desde o Verão de 1998 e só voltei a vê-lo nas férias de Carnaval de 1999. Devido à distância a que eu vivia do meu pai, passei a vê-lo com menos frequência (férias e ocasionais fins-de-semana).
Setembro de 1999, entrei para o 5ºA do Colégio de Campos. Lá, ganhei a minha segunda alcunha, uma alcunha pela qual ainda sou tratado lá no Norte: China. Desta alcunha eu gostava, tinha-me sido dada por uma rapariga que era simpática comigo, não continha nada de ofensivo e soava bem aos meus ouvidos…


Nota - Alguns factos foram omitidos por razões de privacidade. Podem existir alguns erros na cronologia dos acontecimentos, lacunas na autobiografia e erros de pontuação. Tentarei editar tudo quando tiver acabado a autobiografia no seu todo e depois de consultar pessoas que me confirmem datas, pessoas que me relembrem factos e acontecimento e pessoas que me corrijam o raio da pontuação.


[Não percam o próximo episódio, porque eu estou a ter muito trabalho a escrevê-lo. x)]

9 comentários:

Kiko disse...

Gostei de ler e anseio pela próxima parte ^^ Quero ir a Macaaaaaaaaaau! =D

E não encontrei erros de pontuação XD

Leto of the Crows - Carina Portugal disse...

Também esperarei pela próxima parte ^^

Um beijinhos!

Ricardo disse...

curioso.. estava à procura de cenas sobre a escola primária de macau and stuff no google e vim parar ao teu site.
também vivi em macau.
o meu primeiro nome é ricardo e o último apelido também é silva.
coincidência. quanto à cena do "chinoca", isso é natural. era/é a mentalidade. :´D

Ricardo disse...

infantário Dom José da Costa Nunes, não era um edifício cor-de-rosa?

Kerhex disse...

Cor-de-rosa e enorme. =)

Ricardo disse...

no meu tempo era enorme mas dps fizeram aquele "túnel"... e ficou mto **menor enorme**.

vou-te adicionar no msn. qual é o teu coiso?

Ricardo disse...

saquei o mail do teu profile.
[]

Ricardo disse...

"menoS enorme".

**** disse...

Malta,

o mundo é pequeno, vão-se habituando a isso!
Bjs Kerhex